28 fevereiro 2010

Abre o olho, Tchê!

Tu ai no teu mundinho: há mil jeitos de enxergar a realidade. Só não dá pra dizer qual é o certo... “Abre o olho”, nós dizemos, quando queremos que alguém encare a verdade. Como se bastasse levantar as cortininhas chamadas pálpebras e deixar a luz penetrar em nossas pupilas para enxergarmos a realidade. Mas o que é, ó céus! , a tal da realidade? Parece uma pergunta meio hippie, meio xarope, mas não é. Olha como são as câmeras. Ferramentas que foram evoluindo ao longo de milhões de anos de acordo com nossas necessidades. Um boi vê o mundo preto e branco. Nós vemos o mundo colorido. Vemos o mundo como ele realmente é? Não. Existem câmeras que captam radiações que nossos olhos não alcançam. Ou seja, entre você e a janela há milhares de “imagens” que a sua limitada ferramenta óptica não atinge. Mesmo as cores variam dependendo do tipo de olho de cada animal. Não se pode dizer que o vermelho que você vê é mais real que o vermelho visto pela lagartixa. O vermelho, em última instância, não existe, pois a imagem muda de acordo com a câmera e não existe a câmera certa ou errada. Tá muito complicado? Calma, que piora: além de não enxergarmos a realidade, nós só conhecemos o mundo na escala em que nos encontramos. Somos incapazes de ver o muito maior ou o muito menor. É mais ou menos como se houvéssemos nascido dentro do recheio de um Sonho de Valsa. Nossos cientistas olhariam para todos os lados, fariam diversas experiências e diriam: não há dúvidas, todo o universo é composto por massa de amendoim. Somente com telescópios potentes descobririam que para fora há a camada de biscoito, depois a de chocolate, então o papel alumínio e assim por diante. Também só depois de criarem microscópios eletrônicos se dariam conta de que a massa de amendoim é feita de ingredientes, os ingredientes de moléculas e as moléculas de átomos, os átomos de prótons, nêutrons, elétrons e assim até sabe-se lá onde, para baixo e avante! Agora, vamos aplicar a teoria do Sonho de Valsa ao nosso mundo: olhe pra tua mão. Está vendo os milhares de ácaros comendo suas células de pele mortas? Não (ainda bem!), pois nossos olhos são incapazes de ver qualquer coisa muito menor do que um fio de cabelo. Ou seja, sua mãe pode ser esse pedaço de corpo com cinco dedos ou um gigantesco pasto onde ácaros passeiam como minibúfalos, comendo e fazendo cocô. Depende, como eu já disse, da escala. Qual a escala real? Pergunte ao ácaro e a resposta dele certamente vai ser diferente da sua. Se o que acreditamos ser certo e verdadeiro não o é nem mesmo no mundo físico, imagine só se formos falar de nossas crenças e opiniões. Quando você tiver muita certeza de que alguma coisa tente se lembrar de que estamos todos, de diferentes maneiras, presos em nossas próprias massas de amendoim. A tal da realidade é muito maior, é muito menor ou talvez não seja coisa alguma. Abra o olho! E aceite a confusão. Sejam Felizes!! bjometwitta @JuMktMartins

2 comentários:

  1. O que leva a várias questões:
    1. Pode ter muito mais coisas por trás deste post, que não estejamos vendo!
    2. Juh trocou a história pela filosofia
    3. Juh está usando drogas pesadas
    4. Tenho que ler isso sóbrio
    5. Perguntei ao ácaro e ele não me respondeu

    bj

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  2. Sem comentários né meu bem... ¬¬'
    O ácaro não respondeu?! O.o

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