19 maio 2010

Além dos muros do colégio

Não te preocupa com os maus momentos no colégio, a vida nos leva aonde jamais pensávamos ir!!

Numa aula de matemática, na 5ª série, a Marina espirrou, voou um monte de meleca na mesa dela e a turma toda caiu na gargalhada. Até o final do 3º ano ela ainda era chamada pelo carinhoso apelido de Marina Catarrão.
Voltando de kombe escolar na 2ª série, Raquel teve uma dor de barriga. Pediu ao motorista para que parasse num bar, para ir no banheiro. As outras crianças não perdoaram. Um ano depois, Raquel mudou-se de escola porque não agüentava mais as “brincadeiras”.

Na 8ª série, Nina era uma menina magrinha, quieta, de óculos e aparelho. Nenhum menino queria ficar com ela. Durante o ensino médio, Nina foi mudando, ficando mesmo muito bonita e interessante, mas ninguém queria saber. Aos olhos viciados dos colegas, ela continuava a mesma.
As imagens que temos na escola são muito cristalizadas e difíceis de serem desfeitas. Fulano é o nerd, siclana é a gostosa, outro é o engraçado e temos a sensação de que para sempre serão (e seremos) assim. No auge da nossa angústia, lá pelos 13,15,17 anos, quando as coisas não saem como queríamos, muitas vezes pensamos; pronto, é isso, não sou mais gostosa, ou eu sou gorda; ou nunca sei as coisas certas nas horas certas!
Dá a sensação de que todo mundo se encaixa no mundo, menos você. Mais ai tem que ter muita calma! Em primeiro lugar, queria dizer, de experiência própria, que o mundo social do colégio não é um retrato de como serão as pessoas lá fora. Nina, a menina magrinha, hoje é toda moderna, tem uma cabelo laranja muito louco e todo mundo quer ficar com ela. Marina, que foi estudar na UFRGS, onde ninguém sabia do espirro, é uma bióloga bem-sucedida, feliz e tem um labrador lindo, chamaso citoplasma. Raquel nem precisou esperar a idade adulta: já em outro colégio ela ficou mais tranqüila e fez vários amigos e amigas.

Mais interessante ainda é encontrar hoje, os caras e as meninas que eram os “importantes” no colégio. Muitas vezes estão totalmente decadentes e perdidos na vida, trabalhando com o tio em algum emprego cinzento e tedioso.
Não quero dizer, de maneira nenhuma, que quem é zoado vai se dar bem e quem se dá bem antes, vai trabalhar com um tio chato. Só quero e espero fazer com que aquelas pessoas que estão infelizes com seus papéis na vida escolar, com a maneira que vêem e são vistos, percebam que o colégio não é o fim do mundo. Pelo contrário. A vida nos leva a lugares aonde jamais pensávamos ir. E, quando não nos leva, podemos tentar leva-lá, na marra pra onde queremos. Nem sempre dá certo, mas podemos tentar.
Nina, a magrinha de óculo que o diga, atualmente é modelo em Milão!!

Sejam Felizes!!

bjometwitta @Jumktmartins

2 comentários:

  1. Grande, muito bem sacado!!!!
    Negócio é não se grilar e ter cabeça-feita. O problema é que a adolescência é a fase da insegurança, da necessidade de aceitação por parte dos outros, etc. Muitos ficam completamente perdidos nesta fase da vida...
    Bjão, sdd

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  2. Bah, essa fase é MUITO foda.. eu mesmo tive muitas crises existenciais, mas TUDO passa e muda.. na boa!
    Sddddd² bjão

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