03 janeiro 2012

Adulta, eu?!

Cara, não tem jeito!
2012 chegou, e eu fiz uma constatação:
Se tu faz um assinatura de jornal, cai a ficha de que, o mundo adulto chegou...



Outro dia eu comentei com uma amiga que não tem nada mais gostoso do que acordar e tomar café, lendo jornal. A seguir, o diálogo que travamos depois dessa simples afirmação:
- Como assim, não tem nada mais gostoso do que acordar e tomar café, lendo jornal?
- Qual o problema?
- Qual o problema? Meo, tu virou adulta e nem percebeu! Só uma adulta fala uma coisa desses.
Só falta tu estar assinando jornal.
- Bem...


É, eu estou assinando jornal. Realmente estava virando - ou, tinha virado - adulta, sem perceber!

Obviamente, me desesperei com a constatação. Se tu não acha óbvio, eu explico: tu já deve ter percebido que muitos adultos meio que se desesperam quando estão virando velhos.
E, nada mais justo do que muitos jovens meio que se desesperarem quando estiverem virando adultos.
Da mesma forma que eu, quando for uma quase-velha, vou me assustar ao me dar conta de que tomar sol na varanda vai ser o ápice do meu sábado, eu, na condição de quase-adulta, me assusto ao me dar conta de estou... assinando jornal. E amando ler durante o café (se tu também faz isso: uma coisa é ler jornal e revista em qualquer lugar, porque não tem nada pra fazer e bagunçar os cadernos. E outra coisa é morar sozinha, e receber todo mês, um débito na sua conta, referente ao jornal, afinal de contas, tu agora é uma feliz assinante de Correio do Povo...).

Quando falei pra minha amiga que ele estava certa, ela ficou horrorizada... E logo depois começou a descobrir que ela mesma estava tendo a sua vida dominada por algumas poucas adultices. Ela não assinava nada, mas lavava suas próprias roupas, como medo de a faxineira estragar, de vez em quando ouvia jazz e, o cúmulo do adultismo: dava para a sua mãe palpites sobre a educação do seu irmão mais novo.
Ela, quando era mais nova, não só não se preocupava com a faxineira, como jogava a sua roupa suja pela casa, além de só ouvir música pop e não saber nem o nome da escola onde o irmão estudava.

Depois de cerca de uma hora discorrendo sobre os novos hábitos adultos que tínhamos adotado, eu e minha amiga nos despedimos e desligamos o telefone meio deprimidas.
Mas, depois pensei: o bizarro seria se continuarmos sendo adolescentes, em vez de crescermos e adotarmos novos hábitos.
E, eu deveria aceitar numa boa, uma nova fase da vida.
Liguei de novo para a minha amiga, ela concordou com o meu pensamento e ficou mais satisfeita,
assim como eu. Maduras, não?
Superpreparadas para esse maluco mundo de pessoas adultas.

(P.S: Na verdade, nós não ficamos nada satisfeitas com nossa nova realidade. Tanto é que eu passei a minimizar o teor adulto das minhas atitudes: por exemplo, passei a tomar Nescau e ler Capricho, e não Café e  Correio do Povo... E a minha amiga, bom, digamos que o irmão mais novo, está sofrendo as consequências.)

"Sabemos o que somos, não sabemos o que podemos ser." William Shakespeare

Sejam Felizes!!
 bjometwitta @Jumktmartins

5 comentários:

  1. viva o nescau e a capricho \o /kamy

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  2. Adoreeei Jú! Ser adulto dá um medinho, mas não podemos deixar que a "adultice" vire uma chatice ;)Beijos Kate Navaline.

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  3. Show de bola. Essa é a lei da vida, não adianta correr. Bjoo

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  4. Que bom, que gostaram!
    JURO que tentarei escrever mais assiduamente!
    Beijos =D

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