04 janeiro 2012

Que venha a lista!

Bom, esse post está um pouco atrasado, mas enfim, acho que ainda servirá para algumas pessoas. 


Para cumprirmos nossas resoluções, é simples: basta não ser nerd nem fada!


Eu adoro começar um ano, mesmo com todos os  "O que eu queria ter feito/o que eu fiz" que isso envolve: pensar em cortar o cabelo e não cortar (tá! Isso, todo mundo sabe que eu fiz.), jurar entrar em um academia e largar em fevereiro, comprometer-se a cumprir a lista de resoluções feitas no final do ano velho, escritas com carinho em um lindo papel e... nem se lembrar onde está a porcaria do papel (afinal, papéis com resoluções de fim de ano invariavelmente se perdem de um jeito misterioso, em meado de janeiro). Bom, mas este ano eu fiz tudo diferente e vou dividir o meu novo método de "Cumpra as resoluções do ano novo", contigo.


Antes de eu falar o método, vou combater esse problema de perder o papel. Como fazer isso?
Basta não usarmos papel para escrever a nossa lista, obviamente. 
Esse ano, fiz a minha no meu moderno e dinâmico note (tsc tsc...) e ainda fiz uma cópia no meu pendrive.
O que isso significa, além de estar entrando super resolvida tecnologicamente em 2012? Que tenho uma grande chance de cumprir as minhas resoluções, já que duvido que o note e o pendrive se percam de um jeito misterioso em meados de janeiro. Assim, se vocês escreveu suas resoluções em um papel, o ideal é passar o que está escrito para o computador.


Bom, agora que tu já tem a tua lista protegida de sumiços e não aguenta a minha enrolação, vamos lá. A chave do meu método é muito simples: não devemos fazer nenhum desejo fada e nem resoluções nerds - apenas resoluções resolucionáveis (poutz!) devem entrar na lista. Muito fácil e óbvio, né?
Mas não é tão fácil assim, pq muitos fazem questão de colocar desejos fada e resoluções nerds na lista e ai acabam não cumprindo nada. E também pode não ser óbvio, mesmo pq nem escrevi o que é a  essa coisa de fada e nerd... O que nos leva ao segundo "vamos lá" deste texto.


"Desejos fada" são aqueles que não dependem de ti, mas de uma força cósmica maior que o seu eu.
E "resoluções nerds" são as muito certinhas (teste rápido para ver se tu tens tendência certinha: se eu te pergunto o que temos à nossa volta, e tu responde "ar", como uma pessoas comum? Ou "Átomos"?.)
Vamos para um exemplo: suponhamos que tu esteja comendo muito chocolate e queria mudar isso.
Desejo fada: "Ai, Este ano podiam inventar um chocolate que não engorde e nem dê espinhas".
Resolução nerd: "Vou substituir todo o chocolate que como por rodelas geladas de cenoura crua, nham".
Sacou? O problema desse lance fada ou nerd é o risco de se frustrar ao longo do ano. Então o melhor é fazer apenas resoluções objetivas, concretas, enfim, resolucionáveis, e cumpri-las sem drama.
Qual a resolução correta para quem anda comendo chocolate demais? Não é desejar um chocolate mágico ou aderir a apetitosas cenouras, e sim comer menos chocolate. 
Simples assim. Ok, ok, pensando bem, não é nada simples e não sei pq eu usei justamente o chocolate como exemplo (estraguei tudo, agora...), mas tu entendeu  o espírito da coisa!


O óbvio nem sempre é tão óbvio quanto se pensa. (Paulo Freire)


Sejam Felizes!!
 bjometwitta @Jumktmartins

03 janeiro 2012

Adulta, eu?!

Cara, não tem jeito!
2012 chegou, e eu fiz uma constatação:
Se tu faz um assinatura de jornal, cai a ficha de que, o mundo adulto chegou...



Outro dia eu comentei com uma amiga que não tem nada mais gostoso do que acordar e tomar café, lendo jornal. A seguir, o diálogo que travamos depois dessa simples afirmação:
- Como assim, não tem nada mais gostoso do que acordar e tomar café, lendo jornal?
- Qual o problema?
- Qual o problema? Meo, tu virou adulta e nem percebeu! Só uma adulta fala uma coisa desses.
Só falta tu estar assinando jornal.
- Bem...


É, eu estou assinando jornal. Realmente estava virando - ou, tinha virado - adulta, sem perceber!

Obviamente, me desesperei com a constatação. Se tu não acha óbvio, eu explico: tu já deve ter percebido que muitos adultos meio que se desesperam quando estão virando velhos.
E, nada mais justo do que muitos jovens meio que se desesperarem quando estiverem virando adultos.
Da mesma forma que eu, quando for uma quase-velha, vou me assustar ao me dar conta de que tomar sol na varanda vai ser o ápice do meu sábado, eu, na condição de quase-adulta, me assusto ao me dar conta de estou... assinando jornal. E amando ler durante o café (se tu também faz isso: uma coisa é ler jornal e revista em qualquer lugar, porque não tem nada pra fazer e bagunçar os cadernos. E outra coisa é morar sozinha, e receber todo mês, um débito na sua conta, referente ao jornal, afinal de contas, tu agora é uma feliz assinante de Correio do Povo...).

Quando falei pra minha amiga que ele estava certa, ela ficou horrorizada... E logo depois começou a descobrir que ela mesma estava tendo a sua vida dominada por algumas poucas adultices. Ela não assinava nada, mas lavava suas próprias roupas, como medo de a faxineira estragar, de vez em quando ouvia jazz e, o cúmulo do adultismo: dava para a sua mãe palpites sobre a educação do seu irmão mais novo.
Ela, quando era mais nova, não só não se preocupava com a faxineira, como jogava a sua roupa suja pela casa, além de só ouvir música pop e não saber nem o nome da escola onde o irmão estudava.

Depois de cerca de uma hora discorrendo sobre os novos hábitos adultos que tínhamos adotado, eu e minha amiga nos despedimos e desligamos o telefone meio deprimidas.
Mas, depois pensei: o bizarro seria se continuarmos sendo adolescentes, em vez de crescermos e adotarmos novos hábitos.
E, eu deveria aceitar numa boa, uma nova fase da vida.
Liguei de novo para a minha amiga, ela concordou com o meu pensamento e ficou mais satisfeita,
assim como eu. Maduras, não?
Superpreparadas para esse maluco mundo de pessoas adultas.

(P.S: Na verdade, nós não ficamos nada satisfeitas com nossa nova realidade. Tanto é que eu passei a minimizar o teor adulto das minhas atitudes: por exemplo, passei a tomar Nescau e ler Capricho, e não Café e  Correio do Povo... E a minha amiga, bom, digamos que o irmão mais novo, está sofrendo as consequências.)

"Sabemos o que somos, não sabemos o que podemos ser." William Shakespeare

Sejam Felizes!!
 bjometwitta @Jumktmartins

22 novembro 2011

Pensando além da conta

Tu pensa, pensa e  não consegue resolver um problema? Para de pensar!



Já deve ter acontecido contigo: preocupada com o problema X, tu passou por um período Y da tua vida pensando sobre ele até a exaustão. Você acordava pensando nele, tomava banho pensando nele, 
conversava com várias pessoas sobre ele, se possível, lia sobre ele (não, não to falando do teu tcc, 
mas também pode ser se tu quiser!), traçava novas e dinâmicas conclusões na sua cabecinha baseando-se 
no que ouviu e leu e etc... Afinal, uma parte considerável das pessoas acha que a melhor forma de se resolver algo, é pensar muito nisso. 
Matutar, remoer, traçar conclusões, voltar ao raciocínio inicial e pensar, pensar, pensar.


Bom, se tu já passou por isso, deve ter chegado a conclusão de que pensar muito cobre qualquer coisa canda e adianta muito, porque as questões cotidianas da vida se resolvem no plano real e não no plano mental ( a não ser que tu esteja desenvolvendo uma teoria sobre física quântica ou escrevendo 
uma mono sobre a sociedade pós-revolução industrial - que poderia se meu caso, 
eu cursei história - e tenho que pensar o dia todo nisso, claro). 
Ou seja, é óbvio que para resolver um drama complexo é natural e necessário que tu pense, 
afinal tu não é uma planta, mas pensar além da conta é que é o X da questão.

(Antes de continuar, queria só colocar uma citação para o meu texto ficar mais chique e embasado, ok? 
A frase é de Einstein: "Penso 99 vezes e nada descubro. 
Deixo de pensar, mergulho no silêncio e a verdade me é revelada". Pronto, agora posso continuar.)

Aí tu me pergunta: Ok, legal, mas como faço para não pensar um pouco? Bom, comece fugindo 
de estratégias do tipo: "Meu Deus, tenho que parar de pensar nesse problema. 
Posso pensar em qualquer coisa a partir de agora, menos nisso". 
Afinal, esse técnica só serve pra tu continuar pensando na porra do problema. 
Melhor mesmo é pensar em outra coisa, tipo um filme que tu viu, uma viagem que tu quer fazer 
e por que não... fazer contas (pra mim foi o precipício isso, tenho tantas contas até hoje,
que fiz com essa tática, mas enfim, não estamos falando de mim...).

Ah! Era fazer contas de matemática quando me disseram, mas dai eu entendi contas, 
de fazer contas comprando e gastando além da conta tb... tsc tsc... 
Mas, tu pode contar (matematicamente) qualquer coisa, sabe? 
Contas seus passos, contar os tijolos na parede, contar as pessoas na rua. 
Depois que cansar, fazer uns cálculos mais interessantes do tipo a média dos seus passos 
por quadra ou multiplicar om número de cabeças de pessoas de cabelos compridos pelo de pessoas de cabelos curtos.

Sim, é um método estranho, mas servirá pra ti parar de pensar um pouco, eu garanto. 
Ainda mais se tu for ruim para fazer contas, como eu e tiver que se concentrar muito para se sair bem 
nessa atividade. E, se tu não gostou da minha ideia, inventa a tua. Mas tente parar de pensar além da conta. 
Se tem um problema, pense um tanto razoável e tente resolvê-lo, em vez de ficar presa nos pensamentos
(só vale isso nos pensamentosdajumartins.blogspot.com) por dias, meses, anos.

Quem sabe a verdade lhe seja revelada. 
Foi Einstein quem disse, e a ele foi revelada a teoria da relatividade!
(Tudo bem que ele estudava e pesquisava o dia inteiro, mas tu entendeu, né?!).

Dica sobre os assunto: Livro "Nadismo - Uma Revolução Sem Fazer Nada" do Marcelo Boher


Sejam Felizes!! @Jumktmartins

22 agosto 2011

Quando resolvi ser Paty!

Quando eu entrei na Facul, vi que poderia ser quem eu quisesse...

Acho que já comentei por aqui, que eu não era exatamente popular no colégio - leia-se: a menina mais feia da sala - e sempre comparada a personagens feias!
No meu colégio, havia uma "guerra" entre as patys - que recebiam esse nome mesmo - e as não patys - que eram as metaleiras, as nerds, as normais e as como eu, que ganhavam concursos de feiura. Eu o-d-i-a-v-a as patys. Eu as achava nojentas, antipáticas e metidas - na verdade, eu as achava lindas, perfeitas e queria ser como elas, mas, como eu não era, fingia para mim mesma que as achava nojentas, antipáticas e metidas.

Bom, o colégio acabou, eu passei no Vestiba e entrei para a faculdade. Nessa época, eu já tinha ficado mais bonitinha e tals. Na verdade, eu tinha melhorado fisicamente no colégio, mas aprendi que uma vez a mais feia, sempre a mais feia. Pois bem. Faltando um mês para as aulas começarem, percebi uma coisa: que eu poderia ter na facul o papel que eu quisesse: paty ou não-paty. E como eu tinha sido uma não-paty a vida inteiro no cole´gio - como quem ganhou o concurso da mais feia- eu decidi ser a paty alternativa. Pra ver como era, sabe?! Para experimentar o "outro lado" e ver se era como parecia ser.

Eu sei, foi meio maluco da minha parte. Mas ou eu fazia isso, ou gastava rios de dinheiro com terapia (ok, eu gasto rios de dinheiro com terapia, mas enfim, agora não é o momento para falar disso). Assim, mal começaram as aulas, e eu estava lá: com direito a botas de cano alto, brincos grandes de argola e pompom no cabelo - e em uma faculdade que apesar de nãos e pública, as alunas consideradas chiques, eram as que não usavam havaianas. Muitos me achavam nojenta, metida e antipática - e eu amava!
Se você não é paty, não pense que é fácil ser. Eu, que roía as unhas, tive que andar com elas feitas - e a ter chilique se alguma quebravam, claro. Eu, que amava tênis, passei a usar somente salto alto - e a perder o ônibus por não conseguir correr. E eu, que sempre gostei do meu cabelo castanho/chocolate, tingi de loiro  -tá mentira, foi só pra dar um drama.

Claro, que depois de dois semestres, eu já tinha enjoado de ser paty (assim como enjoei de perder o ônibus) e passei a me vestir de um jeito básico, mas acho que o pessoal da faculdade acha que eu sou daquele jeito até hoje - uma vez paty, sempre paty. Até que sai daquela faculdade e finalmente pude me mostrar para as pessoas do jeito que eu sou: não-paty - de preferência não na categoria de mais feia, mas na categoria de quem é normal (meio maluquinha). Tudo bem, continuo com um resquício da minha era paty.. Mas quebrar a unha é tão chato, que merece um chiliquinho!






Sejam Felizes!! bjometwitta @Jumktmartins

08 agosto 2011

Esquecer as pessoas!

UM MANUAL BÁSICO PARA FAZER CESSAR A DOR DO PÉ NA BUNDA!
Uma vez, um amiga apareceu na minha casa chorando porque tinha levado um pé na bunda. Eu, que tava na mesma situação, sabia que, se tivesse uma lista de coisas que mais doem na vida, pé na bunda seria uma delas (assim como depilação com cera). Dói muito: a gente chora, se revolta... e depois esquece.
Simples assim! Fácil? Fácil, nada. Esquecer alguém é difícil, e em alguns casos é a unica coisa a fazer. Pois bem: ela tinha ido só para desabafar e não esperava que eu viesse com um manual do tipo "Como esquecer pessoas em dez passos", mas desabafo vai, desabafo vem e não é que... criamos um manual de como esquecer pessoas? E em menos de dez lições ( Na terceira, começou a passar "Grey's Anatomy e a gente foi ver).
Estratégia 1: pense em uma imagem qualquer que não tenha a ver com quem você quer esquecer. Ai, quando a pessoa vier á sua mente, concentre-se na imagem. "Que saudade do Eduar..." vira uma arco-iris sambando. "Ele podia estar aq..." vira em um capitulo da novela O Clone. Ter uma imagem à mão para substituir a ideia fixa é bem mais eficiente do clássico método "não posso mais pensar nele..." (que só serve para que tu pense nele).
Um hábito comum durante a dor-de-cotovelo é perder tempo com situações hipotéticas. Tipo: o namoro acabou, e tu sonha acordada com ele trazendo flores e falando "Eu te amo", indo contigo pra uma festa, depois pra praia, pra Paris etc... Só que, ao imaginar coisas que não irão acontecer, Tu idealiza a pessoa e empaca o esquecimento. Então, se tu realmente quer esquecer alguém, não faça isso. Quando pensar em situações hipotéticas, pare e pense em situações que aconteceram mesmo, de preferência ruins.
Essa é a segunda estratégia.
A estratégia 3 também é fundamental: tratar a pessoa que tu quer esquecer como "ex". Não importa se é o teu ex mesmo ou se vocês nem chegaram a nada: ele não tem mais nome, é ex e pronto.
Se eu fosse psicóloga, diria que essa técnica funciona porque ajuda o seu cérebro a assimilar a ideia de que a pessoa é passado. Mas, como não sou, vou dizer só isto: refira-se ao fulano como "meu ex"e tu vai ver como funciona!
É péssimo sofrer com alguém que não sai da nossa cabeça. Aquele namorado que ficou com uma amiga. Aquele ficante que nunca mais te ligou. Aquele rolo que odiava bolacha recheada (Se tu acha que odiar bolacha recheada é motivo para alguém ser esquecido, ok). Quando tu já tentou fazer o que está ao seu alcance e não deu certo, esqueça o pinta e siga em frente. Tente o meu método: não é cientificamente comprovado, mas não é cientificamente comprovado que chocolate dá espinha e dá, certo? (Se não dé em ti, desculpa! Sortuda!).

Sejam Felizes!!
 bjometwitta @Jumktmartins

=D

29 julho 2011

Pijamas!!

Tu já parou pra pensar sobre a roupa que usa pra dormir?

Minha tia sempre dá presentinhos estranhos. Teve um Natal em que me deu um peso de papéis. Ela me entregou aquela pedra pintada, meio hippie, meio brega e falou, tímida como sempre: "é.. é um peso de papéis... Como tu escreve, sei lá, pensei que... Deve ter muitos papéis né? E, agora, assim, você põe isso em cima e, se bater um vento, eles... Eles, não vão voar, né?"
Não, não vão voar, Tia, muito obrigado!

No último Natal, minha tia não fugiu a regra. Quando abri o embrulho, dei de cara com um pijama. Uma calça comprida e molenga, rosa-clara, e uma blusa de manga curta, tipo "regata".

Achei estranho. Nunca tinha usado pijama. Nem entendo muito qual é a proposta: pra dormir feliz, bastam um shortinho e uma camiseta velha, não?
Não. Num almoço com amigos, resolvi falar mal do presente da minha tia: quase fui vaiada. Não é que todos eram, senão adeptos, pelo menos fervorosos e simpatizantes dos pijamas? Senti até uma certa discriminação pro dormir à paisana.

O Fabi, foi o primeiro a reprimir: "Sempre usei! Não consigo dormir sem, dormir de pijama, é a melhor coisa que existe!", me disse ele, animado, dando incio ao que se transformou num debate sobre o tema: preferências sobre cores e comprimentos e uma série de outros misteriosos detalhes daquele novo e fascinante mundo pijamal.

Minha amiga, Ma foi além.
Disse que não só dormir de pijama, como passava os domingos inteiros com ele no corpo. Só tirava em caso de incêndio.

Há anos era assim e vivia feliz.
Tenho que confessar que não foi fácil imaginar a Ma, que dirigia uma ONG importante, ex-militante politica, a passear pela casa, ostentando bolinhas cor-de-rosa.

Desde então estou tomada por uma estranha paranóia: para todo lado que olho, só penso nas pessoas de pijama. Aparece o Lula na TV, e já o vejo com o seu pijaminha vermelho, de short e manga curta. Iggy pop vem ao Brasil e penso: Como será o pijama punk? Os jogadores da seleção, será que usam um pijama oficial da CBF? E, os homens-bomba, passarão suas derradeiras noites com os pijamas islâmicos? Durante os momentos históricos, as pessoas também usam pijamas!
Cabral, na caravela, dormia como? E os astronautas terão seus pijamas das Nasa, com planetas desenhados?

Assombrada por estes pensamentos, procurei um psicanalista. Depois de algumas sessões, ele disse que era fácil resolver o problema, bastava eu vestir o pijama!
Estou me preparando. Convenhamos é uma mudança radical demais aos 21 anos. Mais ou menos como parar de comer carne ou entrar numa aula de cha-cha-cha.

Mas fazer o quê? Vou tentar. Espero que funcione. E a tia, no próximo Natal, que me dê um presente mais simples. Um novo peso de papéis, por exemplo.


Sejam Felizes!!

bjoometwitta @Jumktmartins

Ficar Sólita!

Tu tem medo de passar o teu tempo, contigo mesmo?



Há alguns meses, eu estava tranquilamente almoçando com uma amiga, quando ela disse que estava passando pelo maior dilem: ela achava que não curtia mais o namorado. Pra piorar, ela tinha descobrido que o carta tinha, digamos, uma vida afetiva paralela, e ainda por cima, ele vivia grosso, chato e mal-humorado. Bom, se tu pensa como eu, provavelmente dirá: "Oh, my God! Qual é o dilema? É só a guria terminar a bendito namoro, Dã!". Foi exatamente isso que eu disse pra ela (já que adiantei que penso assim), mas, pra minha supresa, a resposta dela, foi: "Mas se eu terminar com ele... eu vou ficar sozinha!".

Toda essa enrolação para chegarmos a este simples ponto: por que algumas pessoas têm horror à ideia de ficar sozinhas? Ter pânico de pessoas chatas, de passar o tempo com aquela prima enjoada ou até mesmo do fantasma e seres de outro mundo é mais do que normal (tá, esquece a parte dos fantasmas ou seres de outro mundo...). Mas, como alguém pode se sentir desconfortável estando com ela mesma? Como se ela se encarasse como uma pessoa chata, uma prima enjoada ou um fantasma? (Ai, plano sobrenatural de novo, sorry!).

Pense comigo: se vc não consegue escolher com quem fica. E isso limita muito aq vida, porque você cria uma dependência da companhia dos outros e corre o risco extremo de namorar por namorar, como a minha amiga.
Ou ainda de ser uma chata, achando ruim quando fazem algum programa sem vocês. Para piorar a coisa, tu sofre muito naqueles momentos em que todo mundo sumiu: tua melhor amiga, foi pro aniversário da Vó, a outra amiga, precisa estudar, e etc... (E tudo piora ainda mais se tu pensar que, mesmo que tu esteja rodeada por amigos, no fundo tu sempre tá sólita, mas não vamos filosofar demais.)

Veja bem: não estou falando que namorado, amigos e família são desnecessários e que todo mundo deve arrumar uma muda de roupa e se mudar para a montanha mais próxima.
Relacionar-se, conversar com os outros, namorar e sair com pessoas queridas é mesmo muito bom. O problema, e quando tu PRECISA estar com as pessoas o tempo todo, seja família, amigo ou até mesmo aquele namorado de quem tu não tá mais afim, como aconteceu com a minha amiga, pelo simples fato de não conseguir ficar sozinha.

Aí, tu pergunta: "Ok, querida, quero amar, idolatrar meus momentos eu-comigo, como faço?". Bom, nesse caso, tenho que responder: "Sei lá. Tu te conhece, tu tem que saber pq tanto medo de ficar sólita. Além disso, eu escrevo umas loucuras aqui, não sou psicóloga..." Mas calma, não me mata, que vou te dar um conselho: Se tu tem medo de ficar sozinha, pensa assim: " Sou legal, vou tentar ficar comigo, numa boa". E relaxe. E vai tomar um sorvete, dançar, escrever num blog, entrar nas redes sociais, ler um livro ou jogar Alex Kid ou fazer outra coisa que você goste (Alex Kid é um joguinho de videogame bem antigo, caso tu não saiba. E eu amo esse jogo até hoje! Não me julgue!)


Sejam Felizes!!

 bjometwitta @Jumktmartins

26 maio 2011

É a tal de vida!


Lembrando de um dia desses, quase chorei de felicidade. Estava em um certo  lugar muito bacana, com 3 amigos queridos e o homem que eu amo. Chorei na verdade, ao tomar consciência da situação: era a vida, num dos seus momentos mais intensos, que se desenrolava dentro e fora de mim.
Ser feliz não é fácil. Em primeiro lugar, há que se tomar a decisão de ser. Parece óbvio que a felicidade seja a meta de todos, porém não é.
Muita gente tem preguiça, ou falta coragem, e acabam vivendo a vida, como que deitados numa banheira morninha de amargura e ressentimento, a futricar a vida alheia, na falta de um própria.

A felicidade exige uma luta constante.Exige a aceitação da tristeza e das quedas como parte do jogo (só quem souber sofrer de verdade pode ser feliz). Exige que enfrentemos o que vier, de peito aberto. (Viver com a guarda levantada pode fazer com que evitemos algumas porradas, mas também nos impedirá de sentir a brisa no rosto, as gotas da chuva e os afagos do homem amado).

Para estar ali, ao lado daquelas pessoas, naquele lugar, tive que lutar muito. Tive que ganhar uma corrida contra milhões de espermatozóides. Tive que enfrentar noites de escuridão e terror sem mais que o auxilio precário de um bico. Tive que aprender a andar, falar, a chorar diante do que não gostava e espernear pelo que eu queria - hábitos esses que, infelizmente, continuo repetindo vida afora - . Tive que aprender a dizer não, a dizer sim, a fazer coisas chatas como estudar pra prova de química , no colégio, a não fazer coisas chatas, e não estudar para a prova de química,  mandar tudo longe e repetir de ano, e fazer tudo outra vez.

Para chegar até esse lugar, amei homens que me desprezaram, quis o que não pude, quebrei a cara inúmeras vezes - outras partes do corpo, um pouco menos.-, aprendi um oficio e tento exercê-lo  da melhor maneira possível  feliz por fazer o que eu gosto e ainda ter grana no final do mês pra pagar as minhas contas (isso não é bem uma verdade, pois algumas contas ficam pra trás...).

Para estar ali, naquele cenário, com aquelas pessoas que eu amo, tive que aceitar a verdade cruel de que no fundo nós estamos absolutamente sós e se não cuidarmos de nós mesmo, ninguém mais o fará. Por isso, é preciso cercar-se dos que nós amamos, por isso é preciso ir a praia nos dias de sol, ir a lugares com pessoas especiais, sentar-se sob a sombra de uma árvore e, se possível, chorar pela aguda consciência dessa coisa tosa que é a tal de vida....

Sejam Felizes!!

 bjometwitta @Jumktmartins

24 maio 2011

Pq a Humanidade é sempre associado só ao bem??


Quando uma pessoa é muito boa, honesta e prestativa, costuma-se dizer que ela é muito humana. È verdade, estas características são exclusividade da nossa espécie e nos distinguem dos outros animais. As araras não fazem caridade, as onças não dão carona a tartarugas atrasadas e, até onde eu sei as girafas não emprestam seus longos pescoços aos macacos interessados em pegar frutas dos galhos mais altos das árvores. O problema é que a capacidade de fazer o bem sem esperar nada em troca é apenas um dos traços da raça humana: matar por motivo fútil, desmatar, trair e passar rasteira também são.
Por isso, quando falamos que alguém é muito humano, estamos mentindo, ou melhor, omitindo o lado obscuro da humanidade.
Afinal, se são da própria humanidade coisas tão opostas como a guerra e a poesia, o beijo e o tapa, o cafuné e a tortura, dizer que alguém é muito humano deveria significar que esse alguém é capaz de todas essas coisas, do melhor ao pior que nós somos capazes de fazer.
Quando associamos à humanidade apenas ao seu lado cor-de-rosa e varremos para baixo do tapete tudo que é feio em nossa condição, acabamos desumanizando tudo o que não assumimos, chamando os criminosos de monstros, inumanos, e isso causa dois grandes problemas.

Primeiro: os monstros, como toda criança sabe, devem ser mortos sem dó nem piedade. Chamando os bandidos de monstros, aceitamos que se faça aquilo que eles fizeram com as suas vítimas – até matá-los.

Segundo: ao identificarmos com os monstros aqueles que cometem atos que a maioria de nós considera horrorosos, deixamos de reconhecer em nós mesmos aquelas características que nos fariam capazes, em determinadas situações, de cometer os mesmos atos. Sim, caro leitor: vc poderia roubar ou matar, dependendo das condições.

Calma, não estou justificando essas lamentáveis ações, não estou dizendo que tudo bem, muito pelo contrário. È o reconhecimento de que o outro, o cara que matou, assaltou ou fez sei lá o que, é um ser um humano como você, e poderia não ter feito nada disso, que permite condenar os atos dele.

Afinal, não há nada de estranho quando os monstros saem por ai fazendo o mal. Quando os humanos fazem, sim, temos que parar e pensar: O que está errado? O que fez com que o ser humano, como eu, possa ter cometido atos tão “desumanos”?

Maior que o infinito é a encomenda...” Manoel de Barros




Sejam Felizes!!
bjometwitta @Jumktmartins

11 agosto 2010

A Cartomante

Se alguém me pergunta se acredito em esoterismo, vidas passadas, almas penadas circulando por ai, enfim, em coisas que não fazem parte do grupo “tenho certeza absoluta que isso existe”, sempre respondo que sou aquela típica pessoa que não acredita em horóscopo, mas lê o signo todo dia; que acha ridículo acreditar em fantasma, mas tem medinho quando está sozinha em casa à noite e ouve um barulho peculiar; e que, mesmo tendo curiosidade em saber como é ir a uma cartomante, nunca cogitou de fato ir a uma cartomante.
Por isso repreendi uma amiga, que queria fazer uma consulta dessas ao além: “Cuidado, se tu for a uma cartomante, por mais que o tempo passe, tu sempre vai ser uma pessoa que já foi a uma cartomante”. Mas não adiantou e ela, que basicamente queria saber quando encontraria o homem da sua vida, foi assim mesmo.
Como amiga é pra essas coisas, fui com ela até a porta da casa da mulher que usava o pseudônimo de Margareth (DUVIDO que esse fosse o nome dela de verdade. Uma cartomante chamada Margareth é com o um motorista de limusine chamado Jarbas! Mas enfim, continuando). Na porta tinha uma plaquinha do tipo: “Leio cartas, tarô, leio mãos, leio sua sobrancelha, seu calcanhar e sua calcinha...” etc. Confesso que fiquei com alguma vontade de entrar lá com a minha amiga. (ok,Ok eu morri de vontade), mas me contive porque preferi continuar sendo uma pessoa que nunca foi a uma cartomante. Sem contar que essa casa ficava perto da Redenção e seria bem melhor ir lá, caminhar, pensar na vida, etc..
Bom, algum tempo depois, fui ao lugar combinado encontrar minha amiga, agora uma pessoa que já tinha ido uma vez na vida a uma cartomante. Eu esperava encontrá-la superfeliz ou megadeprimida (afinal, nenhuma cartomante que se preza faz consultas sem previsões fantásticas, adivinhando coisas do tipo: amanhã tu vai acordar e escovar os dentes... depois de amanhã vai fazer o maior sol...). Rolou a primeira opção: F. Estava lá, muito alegre e saltitante (tá, só alegre).
Fomos almoçar num lugar lá perto. No caminho, ela foi contando que não só encontraria o homem de sua vida nas próximas semanas, como viajaria pelo mundo com ele e ganharia muito dinheiro. E eu fui pensando no fato de não saber se já encontrei o homem da minha vida (amo meu namorado do fundo do coração e quero passar o resto da vida com ele, mas só saberei se ele é o homem da minha vida, se é que isso existe, daqui a uns 60 anos), se vou viajar pelo mundo, se vou ganhar muita grana... Mas eu estava tão ou mais feliz do que ela. Afinal, ela acha que já sabe como vai ser a vida dela (até ela ver que a Margareth era uma picareta, mas não vamos destruir as ilusões dela). E eu não sei como vai ser a minha. E não quero saber. E tenho raiva de quem sabe, como a Margareth diria se eu me consultasse com ela. Tem coisa melhor do que continuar não sabendo?

Sejam Felizes!! bjometwitta @Jumktmartins